o carnaval passa nas cortinas em batucada passa no coração que implode em seguida pulsando sensação de soluço e pandeiro pela vidraça o brilho serpentina rebola na tua boca fina de onde o ouro sai e acende teus ingressos de salgada perfumada rima neste carnaval de tão sonora massa que desce pela viela para a praça
foi numa noite de agosto que apareceu a tal lua os lábios naquela água o corpo dado aos amantes amantes não sabem nada que há tempos não se via a gargalhada menina da lua de rica rima poetas que não se fiem poetas nada sabem que é até mesmo uma pena que esta caneta tão prima não seja feita mais fina como ponta de punhal