sábado, 24 de dezembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
ITACOATIARA
ITACOATIARA
pedra gulosa
boa prosa
tua rosa
mundo da lua
fundo da tua
amizade
teu sorriso friso
tua pura imagem
me invade
e contigo sonho
num luar parado
prateado
sábado, 8 de outubro de 2011
o meta-poema
o meta-poema
mata
o poema
da mata
meta
meta-poema
rema
nas águas
rasas
da imaginação
ai, dor de coto-
velo
velo
vela
o ainda
navegar
mata
o poema
da mata
meta
meta-poema
rema
nas águas
rasas
da imaginação
ai, dor de coto-
velo
velo
vela
o ainda
navegar
sábado, 30 de julho de 2011
para jefferson bessa
o poema do poema
o meta-poema
nâo faz, talvez, um texto
a quatro mãos
mas um repercute no outro
que você, com seu poder próprio
me inspira e leva
quase sempre
a escrever
há algo uma magia
na sua poesia
que me mobiliza
e ativa
como leitor-autor
de qualquer verso
o meta-poema
nâo faz, talvez, um texto
a quatro mãos
mas um repercute no outro
que você, com seu poder próprio
me inspira e leva
quase sempre
a escrever
há algo uma magia
na sua poesia
que me mobiliza
e ativa
como leitor-autor
de qualquer verso
segunda-feira, 25 de julho de 2011
para Jefferson Bessa
li há pouco
o seu poema corpo
o corpo do seu poema
as coisas que com o corpo
fazem
li e sonho
com o alheio quarto
do alheio gozo
do poema
o seu poema corpo
o corpo do seu poema
as coisas que com o corpo
fazem
li e sonho
com o alheio quarto
do alheio gozo
do poema
sexta-feira, 15 de julho de 2011
A viagem
terça-feira, 21 de junho de 2011
seleção
um é pato
outro é ganso
mano, neste aviário
o médico é doutor runco
que rouca como
a voz rouca
do argentino
adversário
outro é ganso
mano, neste aviário
o médico é doutor runco
que rouca como
a voz rouca
do argentino
adversário
sexta-feira, 8 de abril de 2011
a morte na sala de aula
na sala de aula
o demônio armado
na sala de aula
apreendeu-se a dor
na sala de aula
o som do vulcão
na sala de aula
todos podiam morrer
aula
o demônio armado
na sala de aula
apreendeu-se a dor
na sala de aula
o som do vulcão
na sala de aula
todos podiam morrer
aula
sexta-feira, 25 de março de 2011
Rua grande

Rua grande
poema de
Rogel Samuel
(para Dilson Lages Monteiro)
rua grande
em Barras do Marataoã
no Piauí, minha paixão distante
Rua Grande
e deserta
ao fundo a Matriz
os muros, as casas
desertos
rua larga e grande
batida pelo sol pelo
silêncio do sol
seguida pelos
passos
silenciosos passos
dos nossos antepassados
ilustres
dos nossos personagens
Fileto, Thaumaturgo
ó memória nativa
ó glória que não se apaga
traços
passos
na rua grande
da história
sexta-feira, 18 de março de 2011
ao fingidor
fingidor
tua última postagem
me dá a desvantagem
da dor
não assistirei à tua tumba
farei um enorme esforço
para continuar a abrir
teu link morto
tua última postagem
me dá a desvantagem
da dor
não assistirei à tua tumba
farei um enorme esforço
para continuar a abrir
teu link morto
segunda-feira, 7 de março de 2011
para Jefferson Bessa
SEU VERSO SERPENTEIA
NA MINHA IMAGINACAO
CARNAVALESCA
solta
livre
enroscada
essa serpentina
faz
meu carnaval
porque a beleza está
no imaginar
a imaginação é minha
dentro de mim
o que está fora é só uma sombra
a sombra de uma sombra
como na caverna de platão
somos sonhos
os corpos passeiam pelos sonhos
pelo que somos
a lembrar
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Balada para todo amor
Balada para todo amor
todo amor é assim, plágio
cópia de cópia de si, no mesmo
sim na sua visibilidade
no seu sexo. Porque todo amor
é aquela alegre repetição
doença de sonho e de tensão
acontecimento que tanto faz
se desfaz. De que não posso
dizer o que quero, ou o que vale
nem mesmo vale a pena
[O amor, seu troco.]
O caro, o espaço, o caroço
o que sobra o que falta e o falho.
Todo amor falece. Não cresce.
Não é o que se espera.
Dele nada sobra. Além do gozo.
Da calma, da cama, do colo
da palavra: só as notas altas
o cantam. As baladas mais.
A exultação mais plena.
Pois todo amor é outra vez
o mesmo amor. É sempre. É pouco.
E só se estabelece quando
impossivelmente fala a falta
do tolo amor, que já é lembrança
excessiva. Que todo amor costura
um tédio. E tem a surpresa da morte.
Somos suas presas em suas levezas.
Corre o fundo tempo por seus lodos
mostra a sua sede à noite morta.
Quem me crê sabe o que digo:
o amor já vem perdido, pois perder-se
é o destino amante. Dele vem logo
o mote o trote o corte a espada
que o amor tem em seus dentes
pois sua loucura é o nada.
rogel samuel
["Balada para todo amor, em 14 de maio de 2.000]
todo amor é assim, plágio
cópia de cópia de si, no mesmo
sim na sua visibilidade
no seu sexo. Porque todo amor
é aquela alegre repetição
doença de sonho e de tensão
acontecimento que tanto faz
se desfaz. De que não posso
dizer o que quero, ou o que vale
nem mesmo vale a pena
[O amor, seu troco.]
O caro, o espaço, o caroço
o que sobra o que falta e o falho.
Todo amor falece. Não cresce.
Não é o que se espera.
Dele nada sobra. Além do gozo.
Da calma, da cama, do colo
da palavra: só as notas altas
o cantam. As baladas mais.
A exultação mais plena.
Pois todo amor é outra vez
o mesmo amor. É sempre. É pouco.
E só se estabelece quando
impossivelmente fala a falta
do tolo amor, que já é lembrança
excessiva. Que todo amor costura
um tédio. E tem a surpresa da morte.
Somos suas presas em suas levezas.
Corre o fundo tempo por seus lodos
mostra a sua sede à noite morta.
Quem me crê sabe o que digo:
o amor já vem perdido, pois perder-se
é o destino amante. Dele vem logo
o mote o trote o corte a espada
que o amor tem em seus dentes
pois sua loucura é o nada.
rogel samuel
["Balada para todo amor, em 14 de maio de 2.000]
Assinar:
Postagens (Atom)