domingo, 12 de abril de 2009
Agora abriu a estação
Agora abriu a estação
das bailarinas do ar
vitrilhos brilhos cintilos
nas Thermas Antonio Carlos
sob a lua com ferrão
pôs pra gente navegar
e nas esteiras acesas
abrem leques, madeixas
deusas de vespas ledas
de seu lácteo almiscar
o estar o estame os laços
no Palácio do Cassino
e o verão vai com seus bronzes
sobre homem, abertos braços
na Praça de Pedro Sanches
ó menino de açúcar fino
ó menina pele mormaço
suspiros giros e engasgos
com essas asas de aço
sobre fontes, sobram passos
ó irmandade fecunda
com o pulso do verão!
(mas não o sentirá Elias
nem a Dona Conceição:
depois que os cascos da morte
cortaram o ríspido chão).
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Lindo poema!
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