sábado, 9 de maio de 2009
MALEVICH
MALEVICH
Malevich descobriu
que o branco tinha cor
as várias cores do branco
desde o branco cabralino
das brancas casas caiadas
até o branco indolor
dos muros dos hospitais
o branco das sepulturas
brancas, das paredes duras
brancas, das casas e flores
brancas, que orlam o lodo
de esgotos de favelas
e o mais branco das velas
dos lenços e dos lençóis
mesmo a branca imagem branca
do esvoaçar de uma garça
na revelação do meu sol
sobre praias do Nordeste
ou a doçura brancura
do açúcar no café
as cortesias alturas
da lua tiradentina
onde o branco dessas tintas
se finge de mais alvura
como neves Himalaias
ou branco das gravuras
da minha amiga artista
Lyria Palombini
ou o branco daquelas saias
engomadas onde passam
virgens ao sol sorridente
em direção das suas salas
decerto paredes brancas
de suas almas de escola
Assinar:
Postar comentários (Atom)
extraordinário poema !
ResponderExcluirObrigada,
Qualquer dia vou colocá-lo no " o pó da escrita", espero que não se importe, Amigo.
beijo,
maria azenha
muito obrigado pela acolhida ao poema...
ResponderExcluirnão mais será um poema que passa em branco...