quinta-feira, 9 de julho de 2009

mar




onde está, onde
onde está no horizonte
onde está o destino
por onde se vai nesta barca
por onde navegar assim
neste mar de incertezas
neste caminho sem pistas
e por que vagueamos em claros
na grande muralha de atalhos
perdidos labirintos
pássaros de bicos frios
flores de asas mortas
e em embrulhadas falas
mulheres e homens nas tramas
de suas rotas?

3 comentários:

  1. de silêncio e brancura


    I


    Na parede da sala o luar fez descer a sua pequena música
    Com sereias e medusas no anel branco da noite
    Foi então que estremeci na praia nua cintilante na areia
    Com seus cavalos brancos de sombras e de bruma

    E unidos um a um os seus cabelos de brancura
    Onde pousam abelhas de prodígio e de dunas
    O vento e o mar na casa se cruzam e me procuram
    No centro permaneço sem sombra como um íman

    E espelhos de silêncio e ausência me recusam
    E muros de navios me reflectem e ressoam
    Na sala atravessada por um fio a prumo
    Que corre eternamente para o fim do mundo

    Abraço amigo,
    maria azenha
    2009-07-14

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  2. há muitos dias estou sem saber
    o que dizer agradecer escrever
    em baixo do seu poema

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  3. Não tem de quê, amigo.
    Nem precisa. O ter escrito, após o seu poema, é tudo.

    abraço

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