casa abandonada
as janelas estavam assassinadas
assistiam a tudo
ao mar, às aves, à montanha
nunca mais fechadas
fecundas de vento
arrebatadas de sol
batidas pelo firmamento
e as janelas nunca mais se fecharam
porque não havia ninguém mais lá dentro
porque os poros da casa se abriram
às verdejantes trepadeiras
que cobriam todo passado
Bom que seu poema não tenha abandonado essa casa. As mesmas janelas assistem a esse lindo poema, Amigo. Obrigado. Um abraço.
ResponderExcluirmuito agradecido por suas palavras, caro amigo, espero que tenha gostado... estava casa, digo, este poema é o abrigo do passado
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAmigo, logo após reler esse seu poema surgiu um outro. Acabei de escrevê-lo. Espero que goste.
ResponderExcluirEsta casa é
O abrigo do poema.
E respiram estas paredes
A verde-planta do tempo.
Crescem por sobre a casa
O olhar presente do passado
De entre-ver nossas janelas
Que não se trancam mais.
Por lá não ter ninguém
É que elas me olham.
Por nenhuma noite mais
Fecharei minhas cortinas.
Este poema é
O obrigo desta casa.
Um abraço forte, Amigo!
Jefferson.
retificando: no último verso é "O abrigo desta casa".
ResponderExcluirseui poema, como sempre, muito forte e bom...
ResponderExcluirvou escrever algo...