quarta-feira, 19 de agosto de 2009

casa abandonada


as janelas estavam assassinadas
assistiam a tudo
ao mar, às aves, à montanha
nunca mais fechadas
fecundas de vento
arrebatadas de sol
batidas pelo firmamento
e as janelas nunca mais se fecharam
porque não havia ninguém mais lá dentro
porque os poros da casa se abriram
às verdejantes trepadeiras
que cobriam todo passado

6 comentários:

  1. Bom que seu poema não tenha abandonado essa casa. As mesmas janelas assistem a esse lindo poema, Amigo. Obrigado. Um abraço.

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  2. muito agradecido por suas palavras, caro amigo, espero que tenha gostado... estava casa, digo, este poema é o abrigo do passado

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Amigo, logo após reler esse seu poema surgiu um outro. Acabei de escrevê-lo. Espero que goste.

    Esta casa é
    O abrigo do poema.

    E respiram estas paredes
    A verde-planta do tempo.
    Crescem por sobre a casa
    O olhar presente do passado
    De entre-ver nossas janelas
    Que não se trancam mais.
    Por lá não ter ninguém
    É que elas me olham.
    Por nenhuma noite mais
    Fecharei minhas cortinas.

    Este poema é
    O obrigo desta casa.

    Um abraço forte, Amigo!
    Jefferson.

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  5. retificando: no último verso é "O abrigo desta casa".

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  6. seui poema, como sempre, muito forte e bom...
    vou escrever algo...

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