domingo, 29 de novembro de 2009

para jefferson bessa

para jefferson bessa

seu poema está imerso
nessas ondas do fundo
que confundem são gavetas
são marcas dágua
são dunas de um outro mundo
são gravações agravadas
onde o poema dorme, gravado
mas solto, engavetado
mas aéreo, eu disse
que essa sua nova fase
de sua poesia vai ser gravada
nas ondas desse mar
desse colorido mar
nas ondas do fundo da memória
desses computadores-leitores
a cores
ou leitores em preto e branco
e agora
em ondas vermelhas pretas e azuis
concentradas
concêntricas
fecundas
postadas
gravadas
água
água e areia
água
tinta de cor de água
água e tinta de água e cor


3 comentários:

  1. Amigo, escrevi um poema-resposta para você:


    nossas águas-palavras (para Rogel Samuel)


    palavra úmida
    palavra água
    gravada em seiva
    em leitura água-viva.

    palavra-ondina
    amistosa fluvial.
    é nossa face que vibra
    por entre a tela líquida.

    letras postadas
    móveis nos corpos
    na confluência de ondas
    escritas, magnéticas.

    é tinta de olhos
    pela entre-onda
    muito atenta e diluída
    que ondula o poema.

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  2. agradeço a sua resposta, os seus versos onde "ondula o poema"

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  3. eu é que agradeço o seus versos,amigo, pois é sua leitura (a tinta dos seus olhos) que faz ondular o poema! muito grato. abraço do amigo Jefferson.

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